No ano passado, às três redes sociais mais usadas foram: Facebook, YouTube e Instagram, porém, assim como 2020, 2021 foi um ano atípico, por conta das mudanças sociais provocadas pela pandemia.
Uma dessas mudanças foi o consumo mais intenso de informações, que não era novidade, mas que se acentuou neste período. O brasileiro, em 2021, passou a usar o celular de 4 a 5 horas por dia diariamente, um aumento de 20% comparado ao ano anterior. Já nas redes sociais, o tempo gasto foi de quase 4 horas, ficando atrás apenas dos filipinos e colombianos.
Por conta destes dados, qual será a tendência deste ano, agora com vacinas e a volta ao trabalho presencial? Muda alguma coisa? É isso que vamos ver neste artigo.
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As redes sociais são locais em que se constrói uma identidade, essa identidade e construção é a partir da publicação de si mesmo. De acordo com uma neurocientista britânica chamada Susan Greenfield, uma nova geração chamada “nativos digitais” está sendo formada, e tem como principal característica, ou comportamento, passar a maior parte da vida online.
Estes dados e tendências mostram que o comportamento humano está mudando por conta das redes sociais, fazendo com que as pessoas tenham a necessidade de estar a maior parte do tempo online.
Isso significa que o comércio também deve concentrar sua atenção para o mundo digital, e é aqui que entram as redes sociais tanto para o comércio eletrônico direto como para a produção de conteúdo para gerar tráfego.
Veremos a seguir, quais serão as redes sociais mais usadas para este ano.
Engana-se quem pensou que umas das primeiras redes sociais seriam o Facebook ou o Instagram. O TikTok surgiu em 2017, quando comprou o musical.ly, mas que somente em 2020, com a pandemia, é que a rede social se consolidou.
O TikTok é a rede social que está em 4º lugar na mais usada no mundo, excluindo os apps de mensagens como WhatsApp e Telegram. Estima-se que ela ultrapasse as redes sociais à sua frente, como Instagram, por exemplo, ainda neste ano.
A estratégia é que as empresas utilizem esta rede social para divulgar suas marcas, com foco nas pessoas com menos de 30 anos, pois conforme as estatísticas, esta rede social é usada por pessoas com menos de 30 anos.
Em primeiro lugar, estão as pessoas de 10 à 19 anos com 32,5% de acessos, em segundo pessoas entre 20-29 anos (29,5%). Dos 30 aos 39 ficou em terceiro lugar com 16% dos usuários.
Outro detalhe dos usuários desta plataforma é que esses são da Geração Z, ou seja, as pessoas desta geração filtram os anúncios e preferem vídeos menores e mais autênticos.
É uma prática na verdade que envolve redes sociais que comercializam produtos. Vamos pensar que você gostou de um tênis, mas nunca ouviu falar na marca, o que você vai fazer, comprar ou buscar informações sobre? Se você faz pesquisas sobre os produtos de modo a ler comentários de outros consumidores, você está praticando o social shopping.
Serviços como reviews, fóruns de depoimentos e opiniões também fazem parte, pois agregam para outros consumidores detalhes dos produtos em questão.
Traduzindo para o português: “conteúdo gerado pelo usuário”, é exatamente o que o nome diz. Mas como assim?
Esse é um assunto novo, que surgiu em meados de 2020 e está presente no marketing digital. Se baseia no envolvimento do usuário, ao comentar e compartilhar experiências para o seu círculo social.
Isso significa que estes usuários, ao compartilharem suas experiências, acabam por influenciar as pessoas ao seu redor e produzir conteúdo orgânico para empresas e marcas.
Estas experiências associadas às marcas, geram engajamento. Quer um exemplo? As hashtags é o que mais elucida e representa o UGC. Quando uma empresa lança uma campanha, por exemplo “#OpenYourWorld”, da Heineken, essa acaba criando uma interação dinâmica do tema com outras pessoas nas redes sociais, é como uma comunidade.
Um assunto que tem se destacado neste ano é o Metaverso, por conta de alguns acontecimentos, como: ‘terrenos’ e NFTs sendo vendidos por milhões (entre os famosos que adquiriram NFTs estão Neymar e Justin Bieber), além do Facebook que no ano passado anunciou mudar o nome da empresa que gerencia também o Instagram e WhatsApp para Meta e visa se tornar uma empresa de Metaverso até 2025.
O Metaverso não é tão atual como pensamo que é. O cinema e a literatura já trataram diversas vezes sobre o assunto, Jogador número 1, é um filme distópico do diretor Steven Spielberg, que retrata bem o conceito do Metaverso. Outros filmes que se assemelham são: Matrix e Avatar, além dos animes Darwin’s Game e Sword Art Onlinea.
Já na literatura, o subgênero de ficção científica conhecido como cyberpunk, que surgiu na década de 80, foi usado para falar sobre o mundo virtual e o representante é o livro Snow Crash.
Inclusive, o nome Metaverso foi usado pela primeira vez em “Snow Crash”, um livro publicado em 1992 do escritor Neal Stephenson. Este autor, mais conhecido pela obra “A invenção de Hugo Cabret”, é conhecido por escrever obras de ficção especulativa, ou seja, que especula sobre mundos diferentes dos reais.
O trecho a seguir mostra a origem da palavra na história de Stephenson: “Então Hiro na verdade não está ali. Ele está em um universo gerado por computador que seu computador está desenhando em seus óculos e bombardeando para dentro de seus fones de ouvido. Na gíria, este lugar imaginário é conhecido como o Metaverso. Hiro passa um bocado de tempo no Metaverso”. (Cap 3)
A ideia do Metaverso é o que estas obras mostram, a representação do mundo real no mundo virtual, de forma realista e coletiva (tirando a parte do terror e fantasia). É uma realidade aumentada.
Os primeiros nichos que podem se beneficiar do Metaverso são: moda, turismo e esportes. Vamos imaginar que você tenha uma loja virtual, você pode criar provadores virtuais, nos esportes, você pode assistir a um jogo de dentro do campo, se você tiver uma agência, pode dar a experiência e a oportunidade de conhecer um lugar sem o cliente sair de casa, ou como um preview.
Outra tendência que se consolidou na pandemia foram os áudios com a volta dos podcasts. Uma pesquisa compartilhada pela Deezer mostra que em 2021, o número de ouvintes de podcast cresceu cerca de 24%, enquanto o número de transmissões de shows marcou 32% de aumento.
A primeira mudança é o formato dos conteúdos, os stories já estão deixando o seu lugar e passando o posto para os vídeos de curta duração. Lembra do que falamos em relação à Geração Z? É exatamente o que se enquadra aqui.
O acesso é a segunda tendência, que será em sua maioria através do mobile, ou seja, tudo deve ser pensado e planejado de forma responsiva.
Privacidade é outro tema em foco por conta de uma lei que entrou em vigor no ano passado chamada “Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais”, cm a finalidade de dar uma atenção maior aos dados pessoas, prezando pela segurança do usuário.
A Integração é outro ponto importante, quantas pessoas já não integraram seus smartwatch com o smartfone, mudando a forma de visualizar mensagens e atender ligações, por exemplo, que se enquadra também com a tendência número 2º.
E por último, mas não menos importante, a moderação de conteúdo, por conta das fake news que também foi uma tendência que se consolidou com a pandemia.
O que podemos esperar com todas essas tendências, é que cada vez mais as pessoas estarão online, como mostram estudos de neurocientistas, interagindo e comprando também. E que estas interações, assim como na sociedade real, esta propensa a mudança, justamente pela interação, mas aí já é um assunto para outra matéria. Isso significa que a empresas devem pensar no online.
Por conta disso, é importante considerar fazer um levantamento da persona antes de decidir qual rede social adotar de acordo com o seu produto, pois assim como o TikTok, o mesmo se restringe a um determinado público, que é por faixa etária, e assim por diante.
Além da persona, é importante saber como aumentar as vendas e as tendências do mercado digital para 2022, para elaborar uma estratégia eficaz com maior chances de acerto.
O que achou deste artigo? Você tinha ideia de que o TikTok estaria em primeiro lugar? Deixe aqui nos comentários qual rede social você mais utiliza para o seu negócio e para uso pessoal.E ate a próxima!